segunda-feira, 23 de maio de 2011

Internet - Navegue sem se afundar!



A Internet constitui, indubitavelmente, um sinal inequívoco da crescente globalização. É um sítio onde se pode pôr tudo em comum, com as inúmeras vantagens e inconvenientes que este factor comporta. Eliminou completamente a distância geo-social, permitindo um contacto permanente e ininterrupto entre todos os pontos do planeta. Contudo, a inocência e o encantamento de algumas pessoas relativamente à Internet é susceptível de lhes aportar, mais cedo ou mais tarde, dissabores graves, por causa da confiança exagerada que depositam nos seus interlocutores cibernautas e nos conteúdos, que tomam como verdades absolutas e irrefutáveis. 
Deste espaço são, muitas vezes, lançados autênticos “mísseis”, sob a capa de inofensivas sugestões, dicas ou propostas. Os mais incautos esbarram, amiúde, na esperteza de quem, maliciosamente, os alicia por qualquer motivo. As crianças são, a priori, das “presas” mais fáceis de iludir, pelo que a navegação por parte destas deve ser supervisionada pelos pais ou educadores. É um erro ficar-se muito descansado (a) porque o filho está em casa e não anda na rua a fazer asneiras; dentro do seu quarto, à porta fechada e com toda a liberdade do mundo, literalmente, ele pode muito bem estar a prejudicar-se a níveis e dimensões imensamente superiores…!
Por outro lado, há que prestar especial atenção a tudo e todos os que requeiram dados pessoais, ou os possam vir a sacar de alguma maneira. Há muita gente endividada “até ao pescoço” à conta disso, para além de se ver a braços com processos judiciais, visto que passou a ter vários “clones” a usurpar a sua identidade para falcatruas várias. 
Não obstante, a utilização da Internet devolver-nos-á o que quisermos, se mantivermos um espírito vigilante e analítico, possibilitando também acções de grande valor e monta, no que concerne à ajuda recíproca, em termos de identificação e apoio na doença, transferência de meios, partilha de cultura, construção de amizades, etcétera. Paralelamente, faculta a compra e venda de uma vasta panóplia de artigos, que vão desde a alimentação até a obras de arte. Embora favoreçam o conforto e poupem tempo, as encomendas online, à semelhança do Messenger, acabam por arredar os indivíduos da convivência directa com os outros, o que incrementa substancialmente o sentimento de solidão e abandono. O enclausuramento em si próprio é perigoso, sobretudo quando existem tendências depressivas e auto-destrutivas ou se está em pleno processo de crescimento e formação da personalidade! 
A Internet ocupa o quarto paradigma do intercâmbio geográfico: 1- Deslocação terrestre; 2- Barco; 3- Avião; 4- Internet, e representa talvez o mais arriscado. Talvez por isso, pode aplicar-se à Internet a imagem que Mário Castrim, falecido escritor e crítico televisivo, atribuía à “caixinha mágica”: é como um frigorífico que se abre para se tirar o que se quer no tempo que for necessário para isso. 
Saber mais em: http://www.ruadireita.com/internet/info/internet-navegue-sem-se-afundar/#ixzz1NE36NlJ5

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